quinta-feira, 19 de julho de 2012

JOAQUIM CARLOS TRAVASSOS



Nascido na propriedade da família, a Fazenda da Longa, na Ilha Grande, foram seus pais o Coronel Pedro José Travassos e Dna. Emília Rita Travassos. Teve mais seis irmãos, três homens e três mulheres.

Ao término dos estudos preparatórios, com cerca de dezessete anos, ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Após cursar as dezoito cadeiras do curso, a 30 de agosto de 1862 defendeu brilhantemente a sua tese, vindo a obter o grau em 27 de novembro do mesmo ano, em cerimônia solene na presença de Suas Majestades Imperiais.

Nesse ano, ou no seguinte, desposou a Srta. Maria Antônia de Oliveira, com quem teve duas filhas.

Dr. Travassos travou contato com as idéias espíritas numa época em que, de Allan Kardec, só se achavam traduzidos para o português dois opúsculos: O Espiritismo na sua expressão mais simples e Introdução ao estudo da Doutrina Espírita. Como integrante da elite educada no país, leu os livros básicos da Codificação no próprio idioma de origem, o francês.

Embora se desconheçam as razões que o levaram à aceitação da Doutrina Espírita, foi pelo estudo das obras de Kardec que se tornou um fervoroso adepto. Unido a outros estudiosos dos fenômenos espíritas, passou a integrar um grupo seleto. Formou-se, desse modo, uma associação para o estudo dos mesmos, a Sociedade de Estudos Espiríticos - Grupo Confúcio, fundada a 2 de Agosto de 1873, considerada o primeiro Centro Espírita na então Capital do Império, no qual o Dr. Joaquim Carlos Travassos era Secretário-Geral.

Naquele momento, para os fins de divulgação, sentia-se a necessidade urgente de se traduzir para a língua portuguesa as obras do Codificador. Além da massa da população não conhecer o suficiente do idioma francês, estavam surgindo vários grupos à época, onde os seus integrantes mal conheciam os princípios elementares da Doutrina.

Nesse contexto, o Dr. Travassos tomou a si a tarefa de traduzir as obras básicas da Codificação. Desse modo, sob o pseudônimo de "Fortúnio", foram publicados O Livro dos Espíritos, traduzido da 20ª edição francesa, sem a data de publicação (1875); O Livro dos Médiuns, traduzido da 12ª edição francesa, sem o nome do tradutor (1875); O Céu e o Inferno, traduzido da 4ª edição francesa, sem o nome do tradutor (1875); e O Evangelho segundo o Espiritismo, traduzido da 16ª edição francesa, sem o nome do tradutor (1876). Todas as quatro obras vieram à luz por intermédio da Editora B. L. Garnier.

Deve-se ainda à iniciativa do Dr. Travassos a iniciação do, também médico, Dr. Adolfo Bezerra de Menezes. A história é bem conhecida: assim que O Livro dos Espíritos saiu do prelo, o Dr. Travassos ofereceu um exemplar da obra, com dedicatória, ao seu grande amigo, a quem sinceramente admirava. E foi esta que atraiu o então ilustre político para a Doutrina Espírita.

Com a Proclamação da República Brasileira, o Dr. Travassos foi eleito Senador na primeira Legislatura do Estado do Rio de Janeiro em 1891.

Na sessão ordinária de 28 de agosto desse mesmo ano, apresentou um projeto de lei regulamentando a colonização e a imigração no Brasil. Este trabalho recebeu elogios de um dos homens mais competente na matéria à época, o Visconde de Taunay, então presidente da Sociedade de Imigração do Brasil.


Mais tarde,  contrário ao procedimento do sucessor da presidencia, o Marechal Floriano Peixoto  , abandonou a política, retirando-se à vida privada. Desde então dedicou todas as suas energias aos estudos da pecuária e da agricultura, relacionando-os à economia do País, por compreender que o desenvolvimento do Brasil dependia, em larga escala, da boa solução desses problemas.

Em 1913 mudou-se para a rua Correia Dutra, onde veio a falecer, aos 76 anos de idade, vítima de arteriosclerose.

FONTE : WIKIPÉDIA.

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