quinta-feira, 16 de agosto de 2012

BEZERRA DE MENEZES , O UNIFICADOR



Nascido no Céara, Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti (1831 -1900), mudou-se para o Rio de Janeiro em 1851 , onde começou seus estudos em medicina.  Além da  carreira politica (foi Deputado e Vereador) ,   era um empresário bem sucedido .

Casou-se com Maria Cândida de Lacerda, em 6 de novembro de 1858, que faleceu a 24 de março de 1863, deixando-lhe 2 filhos.

Conheceu a Doutrina Espírita quando do lançamento da tradução em língua portuguesa de O Livro dos Espíritos (sem data, em 1875), através de um exemplar que lhe foi oferecido com dedicatória pelo seu tradutor, o também médico Dr. Joaquim Carlos Travassos.

Com o lançamento do periódico Reformador, por Augusto Elias da Silva em 1883, passou a colaborar com a redação de artigos doutrinários.

Em  1886,  aos cinquenta e cinco anos de idade, perante grande público (estimado entre mil e quinhentas e duas mil pessoas) , justificou a sua opção em abraçar o Espiritismo.  O evento chegou a ser referido em nota publicada pelo "O Paiz".

No ano seguinte, a pedido da Comissão de Propaganda do Centro da União Espírita do Brasil, inicia a publicação de uma série de artigos sobre a Doutrina em O Paiz,  periódico de maior circulação da época. Na seção intitulada "Spiritismo - Estudos Philosophicos", os artigos saíram regularmente aos domingos, no período de 23 de outubro de 1887 a dezembro de 1893, assinados sob o pseudónimo "Max".

Na década de 1880 o incipiente movimento espírita na capital (e no país) estava marcado pela dispersão de seus adeptos e das entidades em que se reuniam.
Havia, ainda, uma clara divisão entre os espíritas ditos "místicos" (defensores de uma visão religiosa da doutrina), e os chamados "científicos" (defensores de um olhar filosófico e científico).

Em 1889, Bezerra foi percebido como o único capaz de superar as divisões, vindo a ser eleito presidente da Federação Espírita Brasileira (FEB) .  
Organizou e presidiu um Congresso Espírita Nacional (Rio de Janeiro, 14 de abril), com a presença de 34 delegações de instituições de diversos estados.

Assumiu a presidência do Centro da União Espírita do Brasil a 21 de abril e, a 22 de dezembro de 1890, oficiou ao então presidente da República, marechal Deodoro da Fonseca, em defesa dos direitos e da liberdade dos espíritas contra certos artigos do Código Penal Brasileiro de 1890.

De 1890 a 1891 foi vice-presidente da FEB  , época em que traduziu o livro "Obras Póstumas" de Allan Kardec, publicado em 1892. Em fins de 1891, registravam-se importantes divergências internas entre os espíritas e fortes ataques ao exteriores ao movimento. Bezerra de Menezes afastou-se por algum tempo, continuando a frequentar as reuniões do Grupo Ismael e a redação dos artigos semanais em "O Paiz", que encerrou ao final de 1893.

Aprofundando-se as discórdias na instituição, foi convidado em 1895 a reassumir a presidência da FEB (eleito em 3 de Agosto desse ano), função que exerceu até à data de desencarne. Nesta gestão iniciou o estudo semanal de "O Evangelho segundo o Espiritismo", fundou a primeira livraria espírita no país e ocorreu a vinculação da instituição ao Grupo Ismael e à Assistência aos Necessitados.

Além das obras espiritas, Doutor Bezerra escreveu livros sobre medicina e era abolicionista.

Desencarnado em abril de 1900 , Doutor Bezerra já psicografou livros e dá comunicações , principalmente pelo medium Divaldo Pereira Franco.

São inumeros seus exemplos de bondade, renuncia, caridade e sacrificio em favor dos necessitados. Este espaço seria muito pequeno para narrar todos os casos, mas uma constatação é unanime  , a divida de gratidão que o movimento espirita possui com Bezerra de Menezes é imensa.

FONTES :  Wikipédia e Internet.

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